data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A alta demanda de pacientes infectados por coronavírus superlotaram os hospitais e, consequentemente, geram filas de espera por leitos. Nesta quinta-feira, o Gerenciamento de Internações (Gerint) do Estado tem 28 pacientes direcionados para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) a espera de vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid. Os pacientes são de Santa Maria e de cidades da região que estão em outros locais aguardando abrir uma vaga, como na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde há seis pacientes a espera de UTI, sendo que três estão intubados.
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Como o Husm é referência para a Região Central, muitos pacientes vêm de outras cidades, via regulação, para serem atendidos na instituição. Nesta quarta, dos 28 pacientes que aguardam por um leito UTI no hospital universitário, 15 são de Santa Maria, 10 da região e três de outras regiões do Estado.
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Neste momento, dos 20 pacientes internados na UTI Covid, 14 são de Santa Maria, dois de Júlio de Castilhos, um de Mata e um de Silveira Martins - todos da região. Há ainda dois pacientes fora da abrangência do Husm, que são de Panambi e Caçapava do Sul.
HISTÓRICO
Desde o começo da pandemia, 287 pacientes passaram pelo Hospital Universitário. Deste total, 11% não eram da Região Centro Oeste - região de cobertura da instituição. A Região Missioneira foi a que mais enviou pacientes, 11 no total. Posteriormente a Região dos Vales encaminhou nove pacientes e a Metropolitana outros seis, O Husm também atendeu quatro pacientes da Região Norte e um da Sul.
UPA
Muitos pacientes que aguardam vagas nos hospitais, incluindo no Husm, estão atualmente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Nesta quinta, a unidade tem 25 pacientes aguardando leito: seis de UTI Covid, 17 de leitos clínicos Covid, dois pacientes à espera de leito não Covid e um paciente aguardando leito UTI não Covid. Este último paciente, que já se recuperou do coronavírus, está há nove dias aguardando um leito de UTI.
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Quanto mais a demora para encontrar um leito especializado para o tratamento, mais complicada vai ficando a situação dos pacientes. Nesta quinta, a UPA já registra uma morte.
A ocupação da unidade Covid da UPA - que tem 11 leitos clínicos - está em 110% nesta quarta. Ainda, a sala de nebulização - que tem cinco poltronas e chega a receber o dobro da capacidade em cadeiras até que seja liberado o leito na sala de observação - está acima da capacidade máxima, e a ocupação de pacientes em uso de oxigênio está em 200%.
ESTADO
A espera de leito em Unidade Terapia Intensiva significa que os pacientes estão em unidades de prontos atendimento ou em outras instituições que não tem a totalidade dos suportes vitais de alta complexidade com diversas modalidades de monitorização das funções corporais, como os disponibilizados nos leitos de UTI.
Conforme o mapa de Regulação de Leitos, 230 pacientes estão na lista de espera por um leito de UTI no Rio Grande do Sul.